Leio pra não ficar alheio ao mundo que nos rodeia
Pra não cair na teia da retórica, herança histórica
Muito usada hoje em dia por quem detém o poder
Nessa desleal democracia
Por discordar desse estado, é que eu estudo
Por discordar desse modo é que eu mudo
Ao gosto de Augusto de Campos, Ronaldo Azeredo
Sem média, sem mídia, sem moda, sem medo
Busco o novo em meio a névoa da banalidade
Tenho a meu favor a curiosidade
Na poesia encontro ideias novas
Das trevas às trovas, antes preso hoje prosas
Por isso escrevo, que é pra não ser escravo
Por isso degusto Augusto e desbravo Olavo Bilac
Sente o baque, viola, tabaque, homem, moleque
Samba e rap, cartola e 2pac
Do conhecimento provo, não me privo
Me torno mais livre a cada livro, me livro
Do pensamento mais fútil, da cultura inútil
Que não passa pelo crivo
Momento raro e muito bonito, assistimos ontem à apresentação do poeta brasileiro Vinicius de Moraes pelo aluno Lucas Buso do 10º F. Perante uma plateia constituída por alunos de duas turmas do 10º ano (B e F), Lucas Buso apresentou o livro Antologia poética e a sua interpretação pessoal de alguns dos poemas incluídos nessa antologia, revelando uma profunda sensibilidade poética. Houve ainda tempo para ver e ouvir uma interpretação ao vivo do poema-canção “A garota de Ipanema” cantada e tocada por Vinicius de Moraes e Tom Jobim e ouvir Lucas Buso, no final, dizer “de cor” (isto é, dizer com o coração) um poema de Fábio Brazza (ver abaixo). Esta apresentação surgiu destacada no sítio do PNL (Plano Nacional de Leitura).